sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Vidas pretas importam?

Daniel Prude, George Floyd, Roderick Walker, Eliane Espírito Santo, Mateus Fernandes, João Pedro, Sr. Edgar e Sra. Letícia, João Alberto... O tempo passa mas, de tempos em tempos, temos novos casos de violência, discriminação e injustiça social envolvendo negros. As manifestações, as hashtags vidasnegrasimportam parecem não ter valor. Não vemos mudança. O que está acontecendo com a nossa sociedade, com as pessoas, de uma forma geral? O grito é só da garganta para fora? Dura só o momento em que o fato é notícia?

Será que, lá no íntimo, cremos realmente que vidas negras importam? Será que realmente nos importamos com os negros? Quantas vezes ouvi comentários racistas de pessoas "amigas" que ainda se justificavam: "Você não é negra. Estou falando de negro bem negro, entendeu?" Não, não entendi. Aliás, entendi muito bem: mais um racista achando que não é racista.
Entra um preto no ônibus, qual a sua reação? Senta um negro, ao seu lado, no metrô, o que você faz? O que você pensa? Onde coloca o seu celular? Se trabalha como segurança, em uma loja de roupas, e entram duas pessoas: uma negra e uma branca, atrás de qual você fica? (Já ficaram atrás de mim várias vezes...). Se vê um negro, em um carro importado, o que pensa? Negro formado em uma USP: "Puxa, como você conseguiu?", "Ah, mas você fez Letras. Letras qualquer um faz. É fácil de entrar...". Vê uma moça negra bonita e diz: "Que negra bonita!" (a etnia não entra no elogio da branca). Entre o candidato branco e o preto, qual você contrata? Como trata aqueles pretos que procuram emprego em sua loja? Que oportunidades oferece a eles? Para falar mal de um homem ou de homens, quantas vezes disse: "Aquele neguinho, quem ele pensa que é?" Ou: "tinha uns neguinho lá..."? Quantas vezes passou pela sua cabeça: "Essa neguinha acha que é quem?Macaca!"?? Enfim, a lista é grande, e o pesadelo parece que interminável.
Somos pretos. Somos gente. Somos humanos, e queremos ser tratados como tais: com respeito, educação, dignidade. Da mesma maneira como você, que não é preto (ou até é, mas vira-e-mexe também se percebe racista) e está lendo este texto, quer ser. Não queremos restos. Não queremos raspas. Não queremos sobras. Queremos o que temos direito. O que todos querem. O que todos merecem.
Enquanto a cor da pele falar mais alto, inclusive nas atitudes e nos comentários mais simples, continuaremos gritando e clamando por justiça, respeito e igualdade.
Como seria bom se nos enxergássemos (e tratássemos) como seres humanos, somente seres humanos. Não como os adultos, com suas personalidades e caráter já deformados, corrompidos e doentes por conta de uma sociedade igualmente deformada, corrompida e doente, mas como crianças, que não veem status, não veem riquezas nem cor de pele. Veem apenas crianças. Sonho? Sim. Presunção? Por quê?
PS: Caros amigos e amigas que não são racistas, por favor, não se ofendam. Este texto é apenas uma reflexão. Sou testemunha de como muitos realmente se importam com a gente e do quanto fazem em favor de nossa causa. Agradeço por acreditarem e enxergarem mais do que os olhos podem ver, mais do que uma cor na pele.
Um grande abraço!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A liquidez das tragédias...

Procuro notícias de Brumadinho. Difícil achar qualquer novidade. Só atualizam o número de mortos. Os “novos” vídeos e depoimentos, como em círculo vicioso, já foram e serão reproduzidos e compartilhados centenas e centenas de vezes. Como não se abalar com uma cena dessas?!? E aquele carro, meu Deus? E aquele maquinista??? Não há para onde fugir, e o desespero é em vão. Como não evitaram tudo isso?!? E, mesmo em meio a momentos dramáticos, há aqueles que querem vender seu produto: “Você poderá pular esse anúncio em 30 segundos”. Um insulto, uma vergonha, um desrespeito.

As notícias que antes, com grandes manchetes, ocupavam as primeiras páginas, agora precisam ser caçadas em pequenos links apresentados junto a outras tantas chamadas. O “Big Brother” real é trágico, cruel e impiedoso. Difícil assistir às cenas. “Não tenho estômago para isso... Quem está mesmo disputando o paredão?”, “Elegeram esse homem de novo?!? Agora danou-se! Estamos perdidos...”. Será conveniente chamar isso de tragédia política? Ou seria uma tragédia moral?

Tragédias familiares, ambientais, políticas... pouco a pouco, mudam-se os protagonistas. Também aos poucos, os barulhos dos helicópteros e os gritos mudos de justiça e revolta são substituídos pelos pandeiros e surdos das baterias. O que não é “líquido” hoje em dia? O povo brasileiro é um povo festivo, que não se deixa abater com qualquer desgraça. E os que se foram? Entram para as estatísticas. Ficam nas lembranças, na história e, por um tempo, na memória. Sepultados na terra, escondidos na lama.

Quantos morreram? O país morre pouco a pouco pela ganância de homens de todas as áreas, em todas as áreas.

Começam os ensaios para o desfile de março! É carnaval!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Você é legal?

É engraçado como certos conceitos mudam com o passar dos anos. Mais engraçado ainda é quando assumem valores totalmente antagônicos. O conceito de "legal", por exemplo. 

Hoje, ser legal, para a maioria das pessoas, é agradar aos outros, permitindo que façam aquilo que consideram melhor, mesmo que seja algo ilegal. Um pai legal, por exemplo, é aquele que enche o filho de presentes e satisfaz todas as suas vontades, quer possa, quer não; quer tenha dinheiro para isso, quer não. Um chefe legal é aquele que faz vista grossa para as irregularidades (e, por que não, ilegalidades): deixa o funcionário sair antes do horário, chegar discretamente mais tarde, aparecer no final do expediente com um atestado médico, quando, horas antes, postou uma foto (muito bem de saúde, obrigado) bebendo com os amigos, ganhar sem trabalhar, enrolar para trabalhar... Enfim, ser legal é permitir o ilegal. Quando convém obviamente, pois, quando algo não favorece, "vou atrás dos meus direitos!". O mal talvez seja este: temos muitos direitos e sempre recorremos a eles (o que é certo), mas nos esquecemos dos deveres. E quando estes são cobrados, ah... "Que absurdo! Para que isso? Para!". Queremos que o outro faça a parte que lhe cabe e esqueça a nossa. Que cumpra o que não cumprimos. Que faça o que não fazemos.

A lei não é para todos. Infelizmente. E ainda há a desculpa: "Não dá para ser totalmente correto". Não dá porque assim o fizemos, assim aceitamos, assim nos convém. E ainda queremos que os mais novos aprendam conosco... POR FAVOR, NÃO SIGAM ESSE NOSSO PÉSSIMO EXEMPLO. SEJAM LEGAIS CONFORME O SENTIDO CERTO DO TERMO.

Não é à toa que não nos entendem...

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

7º Sarau Leonor Quadros

Algumas fotos do evento organizado e dirigido pela Profa. Cida Garbino:
















Projeto "Diga não às drogas" (2016)

Seguem algumas fotos dos cartazes produzidos pelos alunos como parte do projeto "Diga não às drogas". O intuito foi conscientizá-los e alertá-los quanto aos malefícios causados aos usuários.







segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Festa dos Estados


Seguem as fotos de nossa 1ª Festa dos Estados. Muito bom ver grande parte dos alunos envolvida. Parabéns a todos!!!







 











quarta-feira, 21 de setembro de 2016

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A 1ª Festa dos Estados está chegando...

Estamos promovendo um concurso para definição do logo de nossa 1ª Festa dos Estados, que acontecerá dia 27 de setembro. Participe!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Exposição de Fotojornalismo

Seguem as fotos da exposição de Fotojornalismo "Isto é Leonor Quadros: a escola sob o olhar dos alunos". Parabéns a todos que participaram!