segunda-feira, 16 de abril de 2012

Rei Davi e a festa da Páscoa

A minissérie sobre Davi tem sido um grande sucesso da Rede Record. Nessa história de conquistas e guerras, aparece a questão do sacrifício de animais, um dos assuntos deste texto.
Davi viveu entre 1040 a.C. e 970 a.C., segundo estudiosos. Como todo judeu daquela época, seguia as leis de Deus, dadas a Moisés por ocasião da saída do povo hebreu do Egito. Para eles (e os cristãos), Deus habita em um lugar santo, sagrado:
“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.” (Isaías 57:15)
Nesse lugar santo, não há espaço para o pecado. Logo, todo homem com pecado está separado de Deus:
Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dEle, e por isso Ele não os ouvirá.” (Isaías 59:2)
Essa separação equivale à morte espiritual. Sem purificação dos pecados, o homem não pode estar/entrar na presença de Deus.

Escolhas...
Todas as nossas escolhas têm consequências. Escolhas boas geram consequências boas; escolhas ruins, consequências ruins. A consequência do pecado é a morte:
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.” (Romanos 6:23a)
Deus criou o homem para viver com ele, não para que morra em seus pecados. Assim, providenciou uma forma de purificar os pecados do homem: em vez dele morrer, um animal seria oferecido em seu lugar:
"Se alguém pecar, cometendo uma ofensa contra o Senhor, enganando o seu próximo no que diz respeito a algo que lhe foi confiado ou deixado como penhor ou roubado, ou se lhe extorquir algo ou se achar algum bem perdido e mentir a respeito disso, ou se jurar falsamente a respeito de qualquer coisa, cometendo pecado; quando assim pecar, tornando-se por isso culpado, terá que devolver o que roubou (...). Fará restituição plena, (...) dará tudo ao proprietário no dia em que apresentar a sua oferta pela culpa. E por sua culpa trará ao sacerdote uma oferta dedicada ao Senhor: um carneiro do rebanho, sem defeito e devidamente avaliado.” (Levítico 6:2-6)
No Antigo Testamento, a purificação dos pecados era feita por meio do derramamento de sangue de animais (o que é mostrado na minissérie do rei Davi). Para perdão dos pecados, um animal perfeito e sem defeito deveria morrer:
"Se trouxer uma ovelha como oferta pelo pecado, terá que ser sem defeito. Porá a mão sobre a cabeça do animal, que será morto como oferta pelo pecado no lugar onde é sacrificado o holocausto.” (Levítico 4:32-33)

A divisão da História...
Assim como a história do mundo, a Bíblia também se divide em duas partes: A.T. (Antigo Testamento) e N.T. (Novo Testamento). A palavra “testamento” está relacionada a herança. Quando pessoas de posse morrem, é comum deixarem testamentos informando para quem ficam seus bens e propriedades. Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, temos informações sobre a herança de Deus deixada aos homens.
O nascimento de Cristo, que divide a história do mundo e a Bíblia, marca o início de uma nova herança: a fim de acabar com o derramamento de sangue de animais, Deus enviou seu filho para que, como um cordeiro santo, perfeito e sem manchas, fosse feito um sacrifício único e definitivo.
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Esta foi a declaração do profeta João Batista ao ver Jesus. Ele é comparado a um animal oferecido em sacrifício para perdão dos pecados. Com o filho de Deus derramando seu sangue para purificação dos pecados, não haveria mais a necessidade de sacrifícios de animais, pois o sangue dele era perfeito e santo, o sangue do próprio Deus. Dessa forma, entendendo e declarando que aceita o sacrifício de Jesus em seu lugar, qualquer pessoa é limpa de seus pecados e pode, novamente, achegar-se a Deus. Não há mais separação entre Ele e o homem:
“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo.” (Efésios 2:13)
E, apesar de decorridos mais de 2000 anos, a promessa ainda é válida:
“Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome [Cristo].” (João 1:12)
Mediante a fé em Cristo, tornamo-nos filhos de Deus:
“Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:26)
E é essa salvação (dos pecados e da morte eterna) que os cristãos comemoram na Páscoa: o Cordeiro de Deus que foi morto, mas ressuscitou, garantindo a vida eterna com Ele:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11:25)
Por desconhecimento ou rebeldia, muitas religiões continuam a sacrificar animais, desconsiderando o sacrifício perfeito de Cristo. Mediante a Bíblia, esses, infelizmente, estarão longe de Deus para sempre:
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nEle crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. (Jo 3:16-18)
E para você, o que é a Páscoa?


Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação.” (Romanos 10:9-10)

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