Vamos
fazer um teste? Vou escrever algumas palavras e você anotar os nomes que elas
lhe trazem à mente: sabão em pó, refrigerante, chocolates, sorvetes,
refrigerador, esponja de aço.
Agora,
lá no final deste texto, veja se acertei suas respostas.
Acertei?
Todas? Puxa!! Como dizem: “a propaganda é a alma do negócio”.
Mas,
hoje em dia, não é só a propaganda que conta. Prova disso é a brincadeira feita
acima. Faça-a com outros colegas e perceberá que certos nomes estão inculcados
nas pessoas: símbolos de confiança, credibilidade, qualidade, perfeição e até
carinho. Atributos e reconhecimentos adquiridos ao longo de anos, de um
relacionamento, de uma história. Sim, existem pessoas que viveram (e vivem) intensas
histórias de amor com algumas marcas: é o sabão tradicional da família, que
vira-e-mexe suscita as travessuras da infância. O perfume do sabonete que
influenciou o cliente a comprar o carro. O chocolate utilizado como artimanha
para engatilhar um namoro. O pneu furado que promoveu a amizade, transformada
em casamento. Quantos casos de relacionamentos entre clientes e produtos não
temos? Criamos um vínculo emocional, um sentimento pela marca que ultrapassa os
limites do produto (e, muitas vezes, a lógica humana). Ele deixa de ser algo
que acaba, quebra-se e estraga, para tornar-se um ser perfeito e,
preferencialmente, eterno. Você já lamentou aquela camisa manchada? (Se chorou,
o caso é mais grave...).
Quem
trabalha na área de atendimento ao cliente sabe como é comum receber cartas e
ligações do tipo: EU AMO (nome da marca). E é esse sentimento que nos direciona
na hora de comprarmos determinado produto: a imagem que temos dele, misto do
produto em si, das pessoas que trabalham na fábrica, que o oferecem no
supermercado, atendem-nos ao telefone. O nome do produto representa um todo e
serve de referência quando temos outra opção no mercado: se vemos dois produtos
de marcas distintas, uma conhecida e outra não, com o mesmo preço, qual
compramos? Certamente o da marca conhecida. Acreditamos na marca. Temos uma boa
“imagem” dela, uma boa (con)vivência com ela. Porém, se já tivemos alguma
experiência desagradável com aquela marca ou não temos um bom relacionamento
com ela, compramos o outro “só para experimentar...”.
Em alguns casos, nunca tivemos um produto da marca e nem nos
dispomos a comprar, pela imagem que ela tem no mercado. Quer um exemplo? A
frase "começou comprando errado" o que te lembra? Será que esse
atributo é verdadeiro?
Temos
uma expectativa psicológica em relação à marca e esperamos que a empresa tenha
as mesmas qualificações dos produtos que levam seu nome. Daí, não é de se
estranhar um consumidor ligando para o 0800 a fim de reclamar que um vendedor
estacionou seu carro em frente a uma guia rebaixada. Acreditem ou não, isso
acontece. Por quê? Porque, se o produto é excelente, a empresa também tem que
ser. É assim que pensa o cliente. Não precisamos ir muito longe para
confirmarmos essa “tese”. Pense em uma empresa que você acredita ser perfeita,
a melhor do mundo? Agora procure o telefone do SAC em uma lista qualquer.
Certamente você espera ser muito bem atendido. Mas, se não for, se quem
atendê-lo mostrar-se desinteressado, mal-educado, antipático, aquela imagem de
“empresa perfeita” ganhará um borrãozinho. Se for numa loja qualquer, comprar
um produto da mesma empresa e tiver problemas com o aparelho, será mais um
borrãozinho. Caso tenha “desentendimentos” com o pessoal da Assistência
Técnica, outro borrão. Assim, se as coisas não continuarem bem, daqui a pouco a
imagem de mundo perfeito mais parecerá um quadro de Salvador Dali!
Manter
a boa imagem da marca (da própria empresa, na verdade). Esse é mais um desafio
que temos nos dias de hoje. Daí o desejo de implantar ações de CRM e buscar
meios de conquistar e fidelizar o cliente. Daí também a necessidade de todos
trabalharem sob os mesmos conceitos e estarem empenhados em aplicá-los nas
relações cliente/empresa. Lembrando sempre que: não consumimos produtos, mas a
imagem que temos deles.
Autoria: Simone Costa
Autoria: Simone Costa
OMO, ANTÁRTICA (ou COCA-COLA), NESTLÉ, KIBON, BRASTEMP,
BOMBRIL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário