O por que (separado e SEM acento) aparece
em pelo menos três situações:
1ª) Utilizado em perguntas, podendo ser substituído pela
expressão "por qual (motivo/razão)“. Exemplos:
Por que ele não veio?
Por qual motivo ele não veio?
Por qual razão ele não veio?
2ª) Em afirmações, quando não é apresentado um motivo ou
hipótese para esclarecer a dúvida apresentada. Exemplo:
Não
sei por que ele não veio.
Neste caso também pode ser substituído
pela expressão "por qual (motivo/razão)”:
Não sei por qual motivo ele não veio.
3ª) Como equivalente a "pelo/pela(s)
qual(is)":
A
avenida por que passaria estava inundada.
A
avenida pela qual passaria estava inundada.
Quando é utilizado ao final da frase, o
"que" torna-se tônico, por isso, temos o por quê (separado e acentuado):
Ele
não veio por quê?
Ele
não veio por qual motivo?
Ele
avisou que não vinha e nós nem perguntamos por
quê...
Ele
avisou que não vinha e nós nem perguntamos por
qual motivo...
A partir do momento em que apresentamos um motivo
para esclarecer o fato, mesmo que seja apenas uma suposição, utilizamos a
conjunção explicativa porque (equivalente a “pois”):
Acho
que ele não veio porque choveu.
Ele
não veio porque tinha outro
compromisso.
Ele
não veio porque o carro quebrou.
E, tendo exposto o motivo, mesmo que
seja apenas uma suposição, o porque é utilizado até em perguntas:
Será
que ele não veio porque choveu?
Ele
não veio porque o carro quebrou?
Note que, nestes casos, não há como
substituir o “porque” pela expressão "por qual motivo/razão".
O porquê (junto e COM acento) é um
substantivo, sinônimo de “razão”, “causa”, “motivo”. Por
ser um substantivo, aparece sempre acompanhado
de artigo, pronome, adjetivo ou numeral:
Ele
avisou que não vinha e nós nem perguntamos o porquê...
Ainda
não entendi o porquê dele não ter
vindo...
Dê-me um porquê para ir à festa.
Autoria: Simone Costa
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