quinta-feira, 28 de junho de 2012

Outros projetos da Escola...

Vídeo sobre a peça teatral "A cola", de Maria Clara Machado, encenada pelos alunos da 6ªG, sob orientação da Profa. Cida Sebastiana, de Língua Portuguesa:

http://www.youtube.com/watch?v=EkCiiW9ldb0

Show de Talentos, organizado pela Profa. Erlane, de Artes, com contação de histórias, desfile de moda, apresentações musicais e de dança:

http://www.youtube.com/watch?v=EkCiiW9ldb0

quarta-feira, 27 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O perigo das drogas

Nunca se viu ou ouviu tanta propaganda alertando sobre o perigo do uso das drogas como nos últimos anos. Rádio, televisão, jornal, revista, panfletos, cartazes, palestras nas escolas, debates, cartilhas etc... Todos esses meios são usados para dizer aos adolescentes, jovens e adultos que o uso de drogas traz conseqüências gravíssimas para suas vidas. Esclarecimentos não faltam. Boa vontade também não. Mas então porque adolescentes jovens e adultos continuam sendo vítimas das drogas? Onde estaria a falha? Talvez esteja faltando responder a uma pergunta que julgo ser de suma importância nesse caso: Porque um ser humano é levado a consumir drogas? Vamos tentar responder essa questão. Todo ser humano, em algum momento de sua vida, sente dentro de si um vazio profundo e angustiante. Algo que dói, incomoda, e que, quase sempre, não sabemos explicar. Como disse um grande filósofo: "é a última solidão do ser". Isso acontece porque Deus, ao nos criar, deixou no mais profundo de nosso ser, um vazio, um espaço no qual pudesse habitar. Esse vazio é o vazio de Deus. Quando, no seio da família, uma criança não aprende que esse vazio só pode ser preenchido por Deus, ela vai crescer com esse espaço desocupado. Quando entra na fase da adolescência ela começará sentir a dor desse vazio interior. Nesse momento ela começará procurar algo que possa preencher esse espaço. Se, nessa fase, não encontrar pessoas capacitadas que as ajude e oriente, ela passará a ser alvo fácil das drogas.
Geralmente o adolescente começa fazendo uso de drogas mais leves, tais como o cigarro, bebida alcoólica e, mais tarde, não se sentindo satisfeito, passará fazer uso de drogas mais violentas.
A grande verdade é que nossa sociedade inverteu os verdadeiros valores. Nossas famílias se tornaram usuárias de um tipo de droga que se chama televisão. Não têm mais tempo para o diálogo. O lar está se tornando uma espécie de pensão, onde pais e filhos vivem sob o mesmo teto mais não se encontram mais. Está faltando Deus na vida da família, das pessoas e da sociedade. Precisamos de professores que tenham coragem de ir além das tarefas de ensinar o conteúdo dos livros e se tornem verdadeiros mestres, capazes de passar para seus alunos experiência de vida, falar de Deus sem receio e sem vergonha.
Enquanto não colocarmos Deus nesse vazio interior que possuímos, seremos eternos insatisfeitos. Cada um buscando um tipo de droga que, ilusória e momentaneamente irá preencher esse espaço, mas nunca nos fará felizes.
Tudo que colocarmos nesse vazio interior na tentativa de preenchê-lo, que não for Deus, será algum tipo de droga.
João Vitor Mariano
Uraí - Paraná


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/o-perigo-das-drogas/11483/#ixzz1yrOWrCvF

domingo, 24 de junho de 2012

Como evitar o crack

Infelizmente, não há o que fazer para impedir que o crack, a cocaína, a maconha, o álcool ou o cigarro sejam apresentados aos nossos filhos. Os usuários estão por aí, nas esquinas, nas salas de aula, nos bares, nos shoppings e até dentro de casa disfarçados de amigos. Mas, se não temos como evitar a proximidade, podemos prepará-los para dizer “não”.

Primeiro, ensine seu filho a compreender o significado de cinco palavras: obrigado, por favor, com licença, me desculpe e Pai Nosso. Em seguida, mostre-lhe como você se orgulha dos pequenos gestos de boa vontade que ele tem para com os outros, como abrir a porta para uma senhora ou ceder seu lugar a um idoso ou devolver o que lhe foi dado por engano. É espantoso como a educação protege nossos filhos das más companhias.

Estipule horários. Quando as atividades diárias dos nossos filhos são organizadas e fiscalizadas por nós, isso dificulta os maus relacionamentos. Jovens mal-educados são indisciplinados e intolerantes e tomam distância das pessoas que seguem as regras. E, ao contrário do que diz o senso comum, um jovem tem que ter muita personalidade para fazer tudo certo. Cuide da aparência dele. Mantenha seu filho longe dos modismos e nunca esqueça que o mundo é preconceituoso. Se você fosse traficante e tivesse que escolher entre oferecer drogas a um garoto cabeludo passeando de skate e outro de camiseta branca e lendo um livro, a quem ofereceria?

Seja parceiro do seu filho. Ofereça a casa para as reuniões da turma. Converse com os amigos dele. Jogue futebol. Brinque. Sorria. Abrace. Beije. E bata muitas fotos para recordar depois.

E nunca abandone seu filho. Mesmo que você tenha feito tudo certo, ainda assim é possível que ele acabe usando drogas. Cuidado com aquela falácia do senso comum que diz que drogado só melhora depois de chegar no fundo do poço. Cuide do seu filho. Procure ajuda. Porque, se ele morrer na sarjeta, você poderá não ter culpa, mas terá ficado só, para sempre.
CLAUDEMIR CASARIN|PSICÓLOGOFonte: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,3138319,16071

A entrevista em si...

droga&Família (d&F) - Qual é a hierarquia no tráfico? Quem manda em quem? Quais são os nomes dos postos e quais as responsabilidades de cada um?
Há o intermediário, o subgerente e o patrão que é o posto mais alto. O avião só serve para buscar.

Como se chega ao posto mais alta nessa hierarquia?
É difícil. Tem que ser bem "considerado", cuidar direitinho do dinheiro. Senão a coisa fica ruim...

Quantas pessoas uma "boca de fumo" emprega?
Entre seis e sete pessoas. São três turnos e 24 horas de serviço.

Como são recrutadas? São treinadas?
Geralmente nós já temos informações sobre a pessoa. E quanto ao treinamento, só no dia-a-dia mesmo é que ela vai aprender direito.

É possível para alguém que trabalha para o tráfico desligar-se do "emprego"?
No nosso caso, se a pessoa quiser sair, nós liberamos. Mas tem outros lugares que não liberam não. E isso é uma encrenca muito grande para quem sair do negócio.

Em média, qual a idade das pessoas que trabalham para o tráfico?
Tem menores trabalhando com a gente, só para você ter uma idéia. A gente não tem essa de idade não. Precisou do emprego, fala com a gente e está empregado.


Eles recebem algum tipo de treinamento para lidar com armas?
Não. Geralmente eles já sabem mexer com arma. Quem está nesse negócio não é bobo não.


Como são tomadas as decisões? Há um poder único, uma pessoa só mandando, ou existe uma espécie de colegiado, onde as decisões são tomadas se a maioria vencer?
Isso depende do assunto. A gente pode se reunir para decidir alguma coisa. Mas se o assunto for sério, cabe ao patrão decidir. Ele decide e todo mundo obedece.


Como uma "boca de fumo" se expande? Pela procura dos usuários ou pela tomada de áreas de grupos rivais?
Nós aqui crescemos pela qualidade do produto que vendemos. Sem essa de ficar brigando para tomar o lugar dos outros.


Como são demarcadas as áreas de abrangência de um grupo? Por exemplo, daqui se controla quantas regiões?
Controlamos três regiões. Essas demarcações são conhecidas de todos e os grupos se respeitam. Como eu disse ninguém tenta tomar o lugar do outro.

Você seria capaz de se unir a outros grupos para expandir o negócio?
Não. Cada um na sua.

Aliás, esse negócio é muito competitivo? Quantos grupos desses você estima que haja só na região em que você atua?
Esse negócio é muito competitivo mesmo. Nessa região tem muitos grupos disputando com a gente.

A sua estrutura inclui produção e distribuição ou é só receptação e comercialização?
Receptação e distribuição.

Qual é o faturamento médio de um negócio desse tipo?
Não vou falar números, mas posso garantir que é muito dinheiro. Para quem vende rola muito dinheiro, mas tem que ser assim, né, porque o negócio é muito arriscado. De uma hora para outra você pode perder tudo.

Como qualquer outro negócio, ele tem oscilações, ou seja, picos e baixas de vendas?
Tem oscilações sim. Há meses que são melhores que os outros, há épocas em que se vende mais.

Para onde vai o dinheiro arrecadado?
Para comprar mais mercadoria e repor estoques.

O mundo empresarial, por ser muito competitivo, obriga as empresas a procurar alternativas, modos diferenciados de atender ao cliente. Existe isso no tráfico? Algo assim como entrega a domicílio ou um disk-drogas (esse último serviço é oferecido atualmente nas ruas de Nova York depois que a polícia expulsou os traficantes das ruas)?
Não, aqui não existe isso. Quem vende a droga somos nós mesmo e a pessoa que quer tem de vir procurar com a gente. Não entregamos na casa de ninguém. Não precisamos disso.

Você acha que se o usuário final deixar de se drogar, o negócio drogas pode perder poder, ou, preparado para isso, diversificará as atividades?
Não sei dizer. A pessoa que quer largar a droga tem de ter força de vontade. Vem até a gente quem quer comprar e se drogar. Nós não obrigamos ninguém a nada.

Com que outros tipos de negócios você lida? Armas, contravenção, prostituição?
Venda de armas. Prostituição não.

Você acha que essas atividades têm relação com drogas?
Sei lá. Acho que é cada um na sua. Se o cara acha que tem que fazer contravenção e prostituição é problema dele.

Como é vendida a droga? A pessoa simplesmente sobe o morro, procura a favela ou a droga é oferecida em pontos estratégicos?
Ela tem que conhecer os intermediários, a pessoa que vai lhe fornecer a droga. Se uma pessoa que nunca foi numa boca subir sem conhecer os intermediários, ela desce e vai embora sem a droga. Dependendo do lugar é perigoso nem descer. Tem lugar que é assim. Se o cara é estranho e não está acompanhado por alguém do morro pode se dar muito mal.

Qual é a droga mais procurada na sua região e qual é o perfil das pessoas que a adquirem?
Nós vendemos mais crack. Depois vem a erva e a cocaína. Todo tipo de gente procura o morro.

Como é o enfrentamento com a polícia? Ela faz buscas de fato ou encena tudo?
Ela faz busca mesmo. É a fim de encontrar qualquer coisa. Por isso que o negócio tem de ser bom, porque, como eu disse, de uma hora para outra você pode perder tudo. Se a polícia encontra droga eles levam ou, dependendo do policial, tem um acerto ali mesmo.

Acerto? Que tipo de acerto? A polícia é corrupta?
Acerto é acerto. A gente dá alguma coisa e a droga não é levada. Mas nem todo mundo da polícia é assim. Com a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, tropa de elite da polícia militar), por exemplo, não tem negócio. Se eles pegarem, eles levam.

Na sua opinião, por que é tão difícil para o poder público combater o tráfico?
Não sei dizer. Talvez a situação econômica do País. Tem gente que procura emprego, não acha, vem para o tráfico. E isso torna difícil o combate, eu acho.

Por que o Rio fica na alça de mira da mídia e São Paulo nem tanto?
Eu acho que o pessoal de São Paulo é mais sossegado, não tem tanta briga pela posse de pontos de drogas como no Rio.

Vocês mantêm algum tipo de ligação com cartéis internacionais de drogas?
Não. Vem tudo com sexta mão, a gente não pega direto do primeiro fornecedor.

Quer dizer que a droga quando chega até você já passou por pelo menos seis pessoas?
Às vezes mais. Chega a dez.

Esses cartéis colombianos, e agora os mexicanos, possuem uma estrutura profissional mesmo ou é só marketing?
Eles são organizados mesmo. São profissionais.

Como é o relacionamento de vocês com a comunidade? Há respeito, medo, indiferença...
Todos sabem o tipo de negócio em que estamos metidos. E respeitam. Temos amizade com todo mundo e ajudamos a comunidade no que ela precisa e no que podemos. Em outros lugares isso não existe. Os caras apavoram as pessoas.

Que tipo de armas vocês portam?
Todo tipo de arma: AR-15, mini-Uzi, Colt 45, PT-57. Armas pequenas, grandes, até granada.

O "serviço secreto" do tráfico como funciona? Há informantes em pontos e postos-chaves fora da área do tráfico?
Sempre tem. Temos que ter. Existe sempre uma pessoa que fica de ouvido e olhos abertos e avisa quando a polícia chega.

Como são remunerados? Aliás, são bem remunerados?
Eles ganham bem. Mas não só eles. O intermediário, se quiser – e ele geralmente quer – pega seu salário em mercadoria. Dependendo do mês, um olheiro, por exemplo, que fica de "butuca", pode tirar muito mais que 2 mil reais.

E quem não paga como é tratado?
Tem grupos por aí que matam. Nós não. Nosso negócio é ganhar dinheiro mesmo. Se o cara deve a gente faz o possível para receber. Fala para o sujeito dar um jeito, roubar alguma coisa ou alguém. Nós damos todas as chances porque se a gente matar aí é que não vai receber mesmo. Agora, se não houver jeito mesmo, se a gente sentir que o cara quer "dar um chapéu" , aí o jeito é apagar o cara.

Na sua opinião, o tráfico de drogas tem realmente o poder de substituir os poderes constituídos?
O tráfico é muito poderoso. Pode sim substituir esse poder constituído que você fala. Tem dinheiro, tem armas, tem mercadoria, tem tudo...

Você acredita no arrependimento de pessoas que por anos traficaram e agora dizem-se regenerados como o Escadinha e o João Gordo, só para citar grandes traficantes do Rio?
Não. É meio difícil sair dessa. Eu não acredito nesses caras.

Você usa drogas?
Não. Eu só gerencio o negócio.

Como você entrou para o tráfico e como chegou a ocupar o posto que ocupa hoje?
Foi muito tempo atrás. Eu sou um profissional e demorei muito para chegar aonde cheguei. Passei por todos os estágios, dei duro e hoje sou o que sou.

Quanto você ganha nesse negócio?
Ganho muito dinheiro.

Qual foi o patrimônio que você conseguiu erguer desde que entrou para o tráfico?
Consegui muita coisa.

Você tem vida fora do tráfico?
Tenho um "comercinho".

Há espaço para amizades no negócio das drogas?
Não sei quanto aos outros. Eu tenho amigos.

Aonde você pretende chegar "trabalhando" nesse tipo de negócio?
Eu cheguei até aonde dá, mas quero mais. Sempre há algo para se conseguir nesse ramo.

Pessoalmente, como você se sente sabendo que o seu tipo de negócio destrói pessoas, lares e futuros profissionais? Você chega a pensar nisso ou nem pensa porque isso atrapalha o negócio?
Olha, eu já vi pessoas que compraram drogas comigo e morreram de overdose. Mas isso é problema do cara. Uma pessoa eu até ajudei a levar para o hospital. Se droga quem quer, eu estou aqui para fornecer.

Você recomenda esse tipo de negócio para outras pessoas? Pessoalmente, você introduziria alguém da sua família nesse negócio?
Não, não recomendo. 

http://www.impacto.org/drogas/ent1.htm

(Colaboração: Verônica, 8ª B)

Entrevistando um chefe de boca de fumo.

Negociando a entrevista 

"Depois que eu o encontrei, ele exigiu que apresentasse, uma semana antes da entrevista, uma relação de perguntas. Quis conhecer a revista, perguntou se haveria câmera e fotografias. Eu disse que não, que a matéria era para uma revista e que seria interessante fotografias, que nós cuidaríamos para que fosse desfigurada. Ele não quis. Estava receoso. Pediu para que eu deixasse a relação de perguntas porque a submeteria a outras pessoas do grupo para ver se seria aprovada.

Oito dias depois me ligaram e colocaram as condições. Um intermediário me levaria a um lugar (que não era a "boca" dele). Aí veio a parte que mais me deixou preocupado: ele não queria repórter, fotógrafo, nada. Na verdade ele daria a entrevista se eu o entrevistasse. E sozinho. Eu não sou repórter e fiquei receoso de não poder conduzir a entrevista a contento. Mas, munido da relação de perguntas preparadas pelo Mariano fui até ele. O encontro foi numa favela de São Paulo, Capital, numa casa onde ele tinha plena vista de tudo, onde, era visível, se sentia seguro. E a entrevista começou.

De cara, ele avisou que não responderia a todas as questões. Eu o confortei dizendo que ele não era mesmo obrigado a responder a tudo. Apreensivo, ele foi lacônico, curto, respondendo de modo meio evasivo. O lugar que ficamos, um quarto, foi esvaziado de seus moradores e o intermediário ficou na porta de guarda. Eu fiquei sentado no chão e ele na cama. O gravador o intimidou. Olhava para ele o tempo todo. Tinha medo de dizer algo que o comprometesse ou ao grupo.

Entrevistei uma pessoa de mais ou menos 1,65 metros, forte, moreno, careca, com uma fisionomia desconfiada, semblante bem carregado. Durante a entrevista várias vezes tive que arrancar quase a fórceps as respostas. Ele se esquivava, fazia gestos de que não havia entendido a pergunta e respondia o mínimo possível. Mas acabou respondendo a todas as questões, ainda que não obtivéssemos realmente o que pretendíamos com as perguntas propostas.

Várias perguntas tive de reformular para que ele pudesse responder. Tive de dar alternativas porque se o esperasse responder, estaria até agora com ele. Ele foi enfático, ainda que econômico, em algumas respostas. Quando perguntei se a polícia é corrupta, ele deixou claro que existem policiais corruptos, mas o pessoal da ROTA é diferente. Senti que ele respeita e teme a ROTA. As duas últimas perguntas foram particularmente difíceis de ele responder e eu tive de amenizá-las. Mesmo assim, uma certa angústia transpareceu em seu rosto.

O que aprendi com essa experiência foi que desse mundo do tráfico há poucos modos de se livrar sem seqüelas. Embora o nosso entrevistado tenha deixado claro que, ao menos no grupo dele, poucos devedores são mortos e as pessoas que querem deixar o "trabalho" possam fazê-lo livremente, em outros grupos essas atitudes não são regras. Mesmo na "boca de fumo" do entrevistado (que fez questão absoluta de ficar sem nome) é de se duvidar que paire tanta compreensão. Afinal, cada vez que alguém consegue se livrar do vício, o tráfico tem que contabilizar um cliente a menos. E nenhuma "empresa" gosta de perder clientes."



(Colaboração: Verônica, 8ª B)

Outros depoimentos (leiam!!!)...


Crack: "Já passei por trinta internações"

Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo | 02/06/2010

“Usava cocaína desde os 17 anos. Um dia, aos 27, fui comprar pó, não tinha e me apresentaram ao crack. Foi uma substituição automática. Sempre fumei sozinho, trancado em hotéis e motéis. Uma vez, sumi e cheguei a ficar dois meses dentro de um deles. Depois que passava o efeito da droga, vinham a paranoia e a mania de perseguição. Eu via até helicóptero descendo pelas paredes para me pegar.
Fui internado várias vezes, a maioria involuntariamente, o que é péssimo. O crack é o barato que sai caro. Já gastei 300, 400 reais por dia para comprar 30 gramas. Vendi som de carro, televisão de casa, objetos pessoais, roupa. Quando você volta para a sociedade, percebe que parou no tempo, e isso é muito frustrante.
Como tenho muita dificuldade de lidar com isso, acabo recaindo. Cheguei a ficar três anos limpo, mas voltei a beber e aí adeus. Com o crack você não tem opção: ou vai para a clínica ou morre. No último dia 22 de abril, internei-me pela trigésima vez.”
F.A.L., 37 anos, pecuarista, separado, três filhos, internado no Instituto Bairral, uma clínica de Itapira
http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2167/crack-ja-passei-por-trinta-internacoes

(Colaboração: João Victor, Lucas Martins, Sabrina Maya, Ingrid e Luiz Fernando, 8ª B)

Outros depoimentos (leiam!!!)...


Crack: "Fazia roleta-russa com um revólver calibre 22"

Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo | 02/06/2010

“Meus pais sempre foram muito rígidos. A primeira vez em que me autorizaram a viajar sozinho, fui para Maresias e experimentei maconha. Dois anos depois, cheirei cocaína. Quando a gente se mudou do Butantã para a Granja Viana, pedi ao pessoal da minha classe para não deixar de me chamar quando fossem fumar um. O problema é que logo na primeira vez me falaram que a droga era outra, o crack.
Fomos até a favela, em Carapicuíba, compramos, e eu experimentei. Em menos de dez segundos, meu corpo relaxou e comecei a suar frio. Foi uma enorme e rápida sensação de prazer. Daí você logo quer mais. No fim de semana seguinte, estávamos na favela de novo. Na terceira vez, já ia para lá sozinho. Passei um ano inteiro usando quase todos os dias. Perdi 12 quilos e fui demitido de um restaurante bacana no Itaim, onde trabalhava como chef (P.F. é formado em gastronomia pela FMU). Chegou um dia em que não queria mais usar. Mas não conseguia parar. Ia para a boca comprar chorando.
Um amigo meu se enforcou, outro pulou do prédio. Eu também queria morrer. Fazia roleta-russa com um revólver calibre 22 e cheguei a tomar uma caixa de ansiolítico. Fiquei três dias na UTI. Já tive duas recaídas, mas quero esquecer tudo isso. Estou limpo há seis meses.”
P.F., 31 anos, chef de restaurante. Ele passa o dia (9h às 18h) na Clínica Alamedas, na Alameda Franca. Paga 350 reais pela diária e mais 150 reais pelo acompanhamento de um terapeuta no período em que está fora dali

(Colaboração: João Victor, Lucas Martins, Sabrina Maya, Ingrid e Luiz Fernando, 8ª B)

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Crack: "Em três tragos, estava viciado"

Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo | 02/06/2010
“Sou de um tempo em que usar maconha era sinal de contestação. Sempre tive uma vida boa. Filho de sociólogos, morei seis anos nos Estados Unidos. Saía do Colégio Equipe, onde estudava, e ia fumar um baseado com os amigos. Não demorou muito e experimentei cocaína, aos 17 anos.
Aos 20, virei comissário de bordo da Varig e passei a fazer voos internacionais. Cheirava carreirinhas de pó até voando, mas ninguém percebia. Era possível entrar em todos os países com a droga. Depois da quebra da Varig, fiquei sem emprego. Passei a trabalhar como tradutor e, em 2005, comprei um táxi. Circulava de madrugada e levava prostitutas para comprar droga. Um dia, uma delas me ofereceu crack. Bastaram três tragos para eu me viciar. Ia para o motel, me trancava no quarto com minha namorada e consumia umas catorze pedras.
Gostava de fumar uma enorme, chamada “juremona”, que custa 100 reais. Cheguei a gastar 500 reais num único dia. Vendi meu paraglider, que era a coisa que mais amava. Fui perseguido duas vezes por policiais e, numa delas, acabei na delegacia. Por falta de concentração, não conseguia mais traduzir textos nem tinha vontade de guiar. Internei-me pela primeira vez em novembro do ano passado. Fiquei limpo por uns quatro meses. Recaí e voltei a me internar em abril.”
A.D., 44 anos, dois filhos, tradutor, ex-comissário de bordo da Varig

(Colaboração: João Victor, Lucas Martins, Sabrina Maya, Ingrid e Luiz Fernando, 8ª B)

Outros depoimentos (leiam!!!)...


Crack: "Abandonei minhas duas filhas"

Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo | 02/06/2010

“Deixei de escovar os dentes e de tomar banho. Vivia apenas para fumarcrack. Não conseguia nem cuidar das minhas filhas. Mandei a de 15 anos estudar no Canadá e a de 12 morar com o pai, em Porto Alegre.
Troquei tudo o que tinha dentro de casa pela droga: televisão, eletrodomésticos, roupas... Fumava quinze pedras por dia. Minha família, desesperada, não sabia o que fazer. Venderam meu apartamento e meu carro. Quando consegui dar um tempo, voltei a trabalhar. Mas, ao receber o primeiro salário, troquei tudo por crack. Recaí de novo. É difícil controlar a fissura.”
F.O., 29 anos, separada, auxiliar administrativa

(Colaboração: João Victor, Lucas Martins, Sabrina Maya, Ingrid e Luiz Fernando, 8ª B)

Outros depoimentos (leiam!!!)...


Crack: "Tentei matar meu irmão"

Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo | 02/06/2010

“Depois de uma década usando cocaína, conheci o crack em 2007, quando tinha 27 anos. Não sentia vontade de fazer mais nada a não ser usar a droga. Fumava inclusive no trabalho. Nessa época, eu morava em Itu (SP) e era técnico em uma fábrica de sucos. Consumia trinta pedras num dia. Gastava de 5 a 10 reais em cada uma. Cheguei a estourar o cheque especial em cerca de 7 000 reais.
Como faltava muito ao emprego, fui demitido e minha família me internou numa clínica. Fugi depois de três dias. Quando voltei para casa, meu irmão e minha mãe me expulsaram (o pai deixou a família quando ele tinha 11 anos). Fui morar com um primo em Guarulhos. Não demorei muito para frequentar a Cracolândia. Ali, vivia perambulando pela rua e conseguia dinheiro como flanelinha. O mais importante era fumar e acalmar a fissura.
Depois de dois meses em São Paulo, voltei para minha casa em Itu. Peguei um cartão de crédito e comprei umas coisas nas Casas Bahia para trocar por droga. Nesse dia de paranoia, tomei álcool com energético misturado a várias drogas. Com raiva do meu irmão, que tinha me expulsado de casa, tentei matá-lo. Fui levado para a delegacia e depois me senti muito envergonhado. Decidi então me internar. Fiquei 52 dias e acabei de deixar a clínica (ele saiu no último dia 18).
Estou limpo há dois meses e arrumei um emprego como vendedor numa loja de motos. Por saber que tenho uma doença progressiva, incurável e fatal, frequento reuniões de grupos de dependentes anônimos. Não me considero recuperado, mas sim em recuperação. O mais importante é que meu irmão me perdoou.”
Angelo Pugliese, 29 anos, vendedor.

(Colaboração: João Victor, Lucas Martins, Sabrina Maya, Ingrid e Luiz Fernando, 8ª B)

Relatos verdadeiros de dependentes químicos

1) Da menina R.G. (17 anos): "Já tinha fumado maconha, e adorava". Aí um amigo ofereceu a pedra de crack, perto do cursinho. A gente "pipou" num cachimbo bacana, feito com vidro, antena de televisão, etc. Sabia que era perigoso, não foi falta de informação, mas estava curiosa. O "tuim" é rápido e maravilhoso. Pensei: - Como podia ter vivido sem aquilo? Seis meses depois eu não passava sem a pedra. Tudo o que eu fazia antes, praia, viagem, tudo perdeu a graça. Emagreci 10 quilos. Um dia fui presa na entrada de uma "boca" Meu pai foi me buscar chorando. Eu não senti nada. Resolvi me tratar quando dei um "pega" forte, tive convulsão, caí e desmaiei no banheiro. Quando acordei, me olhei no espelho e fiquei com medo de mim. Esperei meu pai chegar do trabalho e pedi ajuda!".


2) De Carlos Neher, 30 anos: - "Já vendi duas vezes todas as coisas de minha casa, até os vazos de flores dei para o traficante. A cocaína tira a razão da gente. Uma vez saí descalço de uma favela, pois dei meus tênis em troca de uns "papelotes". A cocaína nos tira a inteligência e nossa auto-estima, viramos escravos dela".2) De Carlos Neher, 30 anos: - "Já vendi duas vezes todas as coisas de minha casa, até os vazos de flores dei para o traficante. A cocaína tira a razão da gente. Uma vez saí descalço de uma favela, pois dei meus tênis em troca de uns "papelotes". A cocaína nos tira a inteligência e nossa auto-estima, viramos escravos dela".


3) "Não cato papel nem o Bruno vende amendoim. A gente vende pedra. Quem quer sabe que aqui tem. Também não moro na rua. Tenho um barraco. Pedra não tem loucura. Só treme o coração. É ruim. Te leva para o buraco. Fico sem comer mas não fico sem a pedra". André, 12 anos.


4) De J.L.L., 18 anos: - "Eu fazia de tudo, andava de skate, fazia natação, jogava futebol, surfava pra "caramba", tinha mil namoradas, corria "pra caralho" em competições, aí comecei cheirar cocaína, fui largando tudo e agora não consigo fazer mais nada!"


5)De T.R.N., 13 anos: "Minha mãe me obrigava a usar drogas, pois ela precisava de alguém para vender. Se eu não usasse ela me batia, e me batia muito. Assim que me viciei, tive que entrar com tudo, e "passava" muita droga lá no morro. Mas no fim a polícia me pegou e estou aqui na FEBEM. Mas pelo menos consegui parar, e tento me esquecer do que vi e passei com minha mãe e com o pessoal lá do morro!"


6)De Maria, 22 anos: "Hoje tenho que ficar vendendo pó para sustentar os "home", a polícia. É que um dia eles me pegaram, apanhei como um cachorro. Depois me soltaram quando larguei uma "grana"na mão deles. Eles vivem me perseguindo e tenho que ficar vendendo e dando uma grande parte do lucro pra eles."


7)De S.S., 13 anos: "Sou obrigado a me prostituir para sustentar a "fissura". O pó sai muito caro. Não vou roubar se não caio em "cana"e na "jaula" vou passar mal... Aqui fora, saindo com os tarados pelo menos eu vou levando e continuo conseguindo sustentar meu vício!"


8)De M.B., 9 anos: "Eu cheiro cola porque tenho fome, e a cola me tira a fome e não deixa eu sentir frio de noite!"


FONTE: MEU FILHO NÃO! -
MANUAL DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS



http://www.pautaantidrogas.com.br/pages/relato4.htm


(Colaboração: Levi, 8ª B)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cartazes...





Parabéns, turminha!! Os trabalhos ficaram muito bons!!


Apresentações dos trabalhos...


Perfeito cartaz, parabéns!!!


Esta equipe também se empenhou bastante. Parabéns!


Turminha sempre dez! Parabéns!!


Verônica, fiquei superfeliz com seu trabalho. Parabéns!!



Apresentações dos trabalhos...


Cleiton e Gabrielle montaram um painel visual bem completo. Parabéns!!


Meninas que sempre se empenham. Parabéns!


Turminha dez!! Parabéns!!


Parabéns, meninos!! Fizeram um ótimo trabalho!!